2006-10-09

Informação sobre mudança.
Por razões de ordem técnica, este blogue tem continuidade no blogue metakrítico. Pode aceder-lhe no seguinte endereço:
Obrigado pelo seu interesse.

2006-10-07

Quand les journalistes font blog à part

Estes blogues vieram desequilibrar as coisas. Agora eu posso, tu podes, ele, o jornalista pode. E quando o jornalista conta no blogue o que omite no jornal? Isto está a mudar...

Chaque jour, depuis janvier 2005, Jean-Michel Aphatie dévoile ainsi au public les coulisses de ses interviews. Comme d'autres journalistes, il utilise surtout le blog pour décrire l'envers du décor ou raconter les à-côtés de la vie politique. Des petits riens qui, parfois, peuvent signifier beaucoup. "Le journalisme obéit aussi à des lois comme le hasard et la pagaille, s'amuse le journaliste de RTL. C'est une activité humaine, et pas mécanique".
Les internautes, de plus en plus friands d'une parole et d'un ton moins "officiels", raffolent de ce nouveau genre de journalisme. En moyenne, selon les personnalités invitées, le blog de Jean-Michel Aphatie reçoit une centaine de commentaires quotidiens. (In Le Monde.fr)
OS TROCOS

Anteontem fui comprar pão, pão de trigo, daqueles pequeninos, tão pequeninos que nos fazem duvidar do peso. Geralmente, peço, a brincar, um euro de pão. Porque cada pão custa nove cêntimos, pago exactamente, todos os dias, noventa e nove cêntimos. Levo para casa onze pães, o que às vezes é muito e outras vezes é nada. Anteontem, como sempre, não recebi de troco nem um cêntimo. Ontem pedi doze pães, não sei porquê, mas pedi doze. Um euro e oito cêntimos. Procurei e voltei a procurar na carteira: não tinha oito cêntimos, só tinha notas de cinco. A empregada que me serve todos os dias sugeriu: leve só onze, é mais fácil a conta. Olhei para ela, muito sério. Disse-lhe que sim, que estava bem. Aguardei uns segundos à espera do troco. Ela olhou-me, interrogativa. Ao fim de uns segundos percebeu. Corou. Procurou na caixa e não encontrou um cêntimo para me dar. Disse-lhe: fica-me a dever um cêntimo. Hoje voltei lá, como sempre. Outra vez o cêntimo. Deu-me dois de troco. Juro que nunca mais me ficam com as migalhas.

2006-10-06


PROFESSORES DE LUTO EM LUTA

A nossa ministra tem razão quando quer reorganizar todo o sistema de ensino. A forma, porém, como quer fazê-lo, a forma como trata os professores, é aviltante. Quer pôr os mais velhos, os mais experientes, a comandar as escolas. A ideia é boa. Mas será que a nossa ministra já pensou que "os mais experientes" andam lá pelos sessenta e a sua expectativa era a de já estar na reforma? Acha-os motivados para dirigirem alguma coisa? Então insulta-os, humilha-os, tira-lhes direitos todos os dias, não lhes oferece absolutamente nada de positivo e ainda os quer pôr a dirigir o carro de bois empenado que é a sua escola? A nossa ministra é boa moça mas vive em Marte!

2006-10-04

MARIA FILOMENA MÓNICA

Ontem vi e ouvi, com muito interesse, uma entrevista de Maria Filomena Mónica na televisão. Eu já sabia que a senhora era bonita e inteligente, já tinha lido umas coisas dela, e confirmei-o. As suas ideias, a forma como se posiciona na vida, a coragem de escrever sobre si própria, tudo isso faz dela uma personagem fascinante. Gosto dela, mas não gosto de todas as suas opiniões acerca dos portugueses. Acho, aliás, que houve algumas contradições no seu longo discurso. Porque os portugueses têm muitos defeitos, mas não tantos. O que me aborrece neste tipo de discurso é o oitenta da coisa, o lado escuro, negativo. Porque nós temos coisas muito positivas, precisamos é de falar delas. Mas os pensantes, os baptistas, os fazedores de opinião, são assim, gostam de riscar a negro, de cima a baixo. E depois, esta mania de que os portugueses só foram bons no passado, este ritual discursivo em torno do mito do “eterno retorno”, já começa a chatear. Porque nós fazemos coisas boas, nós temos o Saramago, nós temos o Damásio, nós temos o Ronaldo e o Mourinho, nós temos a Filomena Mónica, enfim, nós até somos bons em muitas coisas. É ou não é, Filomena Mónica?

2006-10-03

QUE JORNALISTAS... QUE JORNALISMO...

Diz em A Bola de hoje o jornalista Carlos Pereira dos Santos:

Em Portugal, até é muito fácil um árbitro de futebol ser envolvido numa estrangeirinha e desminta de imediato, mas aproveitando o momento para atacar os jornais que «só querem vender», queixando-se assim como virgem ofendida. Curiosamente, os telefones estão desligados quando se quer falar com eles para os colocar perante as suspeitas, como ainda agora aconteceu com Paraty, que vociferou na Antena 1 contra os jornais mas manteve durante toda a tarde de domingo o telemóvel desligado. Um deles, pelo menos, porque pelos vistos tem vários. E oxalá estejam todos sob escuta.


Estes jornalistas… Ontem disseram que Paraty almoçou, ou jantou, com a pessoa X. Paraty desmente, diz que não almoçou nem jantou com ninguém. Eu acredito nele, porque me parece muito mais honesto do que alguns baptistas que baptizam em jornais pintalgados de algumas cores. E depois, por que carga de água há-de alguém ter o telefone ligado para atender o excelentíssimo jornalista? E quem é o excelentíssimo jornalista para se achar no direito de ter direitos especiais? Por acaso, se lhe apetecer, não pode desligar o seu telemóvel? E se tiver dois, ou três, alguém tem alguma coisa com isso? E depois, isto de desejar que um cidadão, só porque é árbitro, tenha o telefone sob escuta, é de bradar aos céus.
Que jornalismo, meu Deus… que jornalistas…

2006-10-02

CELEBRITOLOGY

LONDON (Reuters) - Pop star George Michael has been arrested and cautioned after being found once again slumped over the wheel of his car in London and in possession of cannabis, media said on Monday.

Robin Williams, 55, announced that he was seeking treatment for alcoholism less than two weeks after Gibson's high-profile arrest in late July.

In Washington Post

Celebritology sinónimo de necrology?

Por estas e por outras é que decidi não ser célebre. E podia sê-lo, pois a minha tia Maria já ferrou o cão!